Vencedores e Vencidos – O Mundo dos Jogos

E porque não podia deixar um mês em branco, no espaço que é este blog, hoje decidi falar-vos um pouco sobre Jogos.

Os jogos são por si, uma forma de entretenimento. Eles servem para nos divertir, para nos fazer aprender algumas coisas, para nos exercitar a mente ou o corpo, para nos mexer com a auto-estima, etc, etc.

 Existem, como em tudo, vantagens e desvantagens no mundo dos jogos. Como grande desvantagem coloca-se obviamente o vício. Especialmente, nos tão malfadados jogos a dinheiro, o vício no jogo é um problema grave, que pode ter repercussões terríveis na vida de uma pessoa. Mas não venho aqui para vos falar do flagelo dos casinos, ou da destruição de vidas que o jogo pode provocar. O objectivo é muito mais simples, e pretende adequar-se um pouco a cada um de nós, que de vez em quando (com maior ou menor frequência), jogamos um ou outro jogo.

 Jogos não faltam por ai: Jogos de Computador, Jogos de Consolas, Jogos de Cartas, coleccionáveis ou não, Jogos de Tabuleiro, Jogos de Futebol, Basquetebol, Andebol (etc); Jogos de tudo e mais alguma coisa. Alguns de nós, gostamos mais deste vasto mundo de jogos do que outros, alguns de nós temos um jogo especifico que nos dá um prazer especial, enquanto outros gostam de experimentar uma e outra coisa, sem ter chegado a favoritos.

 Mas certos detalhes, são comuns a todos os Jogos: quando se joga, existem vencedores e vencidos. Este é um facto, muitas vezes desejado, e muitas outras vezes difícil de digerir. Quem não conhece alguém com um mau perder terrível? Ou até com um mau ganhar, porque não?

 Pessoalmente, não considero ter um mau-perder, mas sim um mau-errar. Isto é, é diferente quando perdemos um jogo, porque de facto não conseguíamos ter feito melhor, ou porque o adversário tinha grande vantagem (melhor conhecimento, melhores cartas, maior treino, melhor capacidade física, etc etc) do que quando perdemos, porque cometemos um erro que consideramos idiota (porque estávamos desatentos, por exemplo). Uma vitória recheada de erros por parte do vencedor, não tem o mesmo gosto de uma vitória limpa em erros. Ao mesmo tempo, uma derrota num jogo em que nos sabíamos perfeitamente capazes de vencer, tem um travo amargo de culpa e irritação. Isto é muitas vezes confundido com o típico “mau-perder”, mas é quanto a mim totalmente diferente. Por mais que praguejemos contra o outro, sabemos que a culpa da nossa irritação foi de nós próprios, e essa sim é a sensação insuportável: a de cometer um erro básico, o que faz com a nossa prestação fique aquém do que somos capazes.

 “Mau-Perder” é não reconhecer, após um jogo limpo, que o outro foi melhor. É não saber compreender, que umas vezes perdemos, outras ganhamos. É não saber reconhecer que de facto há quem jogue muito melhor que nós, que tenha muito mais experiência, que tenha muito mais capacidade.

 Muitos são aqueles que dizem “que devemos jogar para nos divertirmos, não interessa quem ganha ou perde”. É uma verdade, se não nos divertirmos, não vale a pena jogarmos. Mas não vamos ignorar, que todos jogamos para vencer. Um jogo é por definição uma forma de encontrar um vencedor. E não é isso que procuramos? Tentar vencer? Isso não significa que sejamos mesquinhos e desejemos passar por cima dos outros para alcançar a vitória. Significa sim, que podemos divertirmos, ao mesmo tempo em que procuramos uma vitória justa. Ou simplesmente saber apreciar o que os outros têm para nos ensinar, para que um dia sejamos o mesmo que eles: vencedores.

Psicologicamente em jogo…