É engraçado notar-se uma maior afluência neste post ultimamente, o que é facilmente justificado pela proximidade do Natal. Nas pesquisas vindas dos google são muitos os que procuram por “que prendas oferecer?”.
Não esquecendo o conteúdo do dito post, e a minha antipatia por “prendas de Natal, por obrigação” (que é o que geralmente acontece), vamos pensar naquelas prendas que queremos mesmo oferecer, não sabemos é bem o quê…
Aqui fica então um post, com algumas sugestões básicas, mas antes das sugestões propriamente ditas, gostaria de falar um pouco acerca de uma prenda muito usada: as Flores.
As Flores, geralmente têm alguns lados positivos: são bonitas, cheirosas, enfeitam-nos a casa. E alguns lados negativos: Não duram muito e até nem são baratas (excepto, claro, flores de plástico, ou flores roubadas de um jardim, essas são uma questão à parte).
As flores costumam ter dois grandes usos: prendas e enterros. O que por si só, é de certa forma triste e antagónico. Quanto às grandes coroas de flores, dadas na despedida de alguém do nosso mundo, acho uma forma bonita de homenagear a pessoa em questão. Mas depois, haverá necessidade de colocar flores nas campas regularmente? É algum volume de dinheiro, parecendo que não. (e tendo em conta as dificuldades monetárias que a maioria das pessoas vai tendo). Percebo que seja uma forma da pessoa se sentir bem consigo mesma, uma prova de que se lembra da pessoa em questão, e que sente a sua falta. É necessário isso, para mostrar que se sente a falta? Para mostrar que se sofre? São um símbolo, como outro qualquer. O que verdadeiramente conta, é o que se sente, e isso está dentro de nós, e quanto a mim, não necessita de símbolos. É triste, deixar a última morada de alguém que amamos ao abandono, mas podemos visitá-la regularmente, e até compor a campa, com algo menos perecível do que as flores naturais. São opções, claro, e não as recrimino. Mas são tantos os que se vêem por ai a decorar as campas, só para mostrarem aos outros (aos vivos) que são “pessoas de bem”.
Passando às prendas, existe o grande mito “qualquer mulher gosta de receber flores”. De facto, algumas apreciam muito as flores (são um gosto seu, como outro qualquer gosto). Quando este gosto está presente, acho que se trata de uma boa prenda. No entanto, penso que grande volume das mulheres, fica feliz com o ramo, porque “qualquer mulher gosta de receber flores, e é romântico”. O gosto criou o mito, e o mito influência o gosto. Coloca-se as flores numa jarra, olha-se para elas com um sorriso, durante alguns dias “porque ele/ela se lembrou de mim”, e depois as flores estragam-se, e ficamos sem recordação.
A escolha da prenda depende, antes de mais, da pessoa em questão. Existem vários tipos de prendas:
1. Lembranças para a família alargada/ alguns conhecidos – Uma coisa que não nos faça gastar muito dinheiro (senão vamos à falência), mas que sirva para nos lembrarmos que gostamos da pessoa.
2. As prendas para as crianças da família alargada – Tentar fazer o gosto ao “puto” ou a “miúda” é o que interessa. A piada dos natais em família passa bastante pela alegria no momento de abrir as prendas.
3. Prendas entre pais e filhos
4. Prendas entre namorados/cônjuges
5. Prendas para amigos.
Quanto a mim, existem dois factores essenciais para uma boa prenda: Funcionalidade e Recordação.
Um prenda serve para recordarmos alguém, se a prenda desaparece, perdemos esse ponto. Existem no entanto, grandes excepções, por exemplo, para as prendas do tipo 1, uma caixa de bombons funciona bem. Não ficam como recordação, mas dão-nos o prazer do momento e a certeza de que a pessoa se lembrou. O lado romântico dos bombons, só funciona bem, quanto a mim, se for acompanhado de uma bela “carta de amor”. Os bombons comem-se, mas a carta fica. Quando se está muito mal de finanças, e em certas ocasiões, é sempre uma opção. Claro que é preciso a pessoa gostar dos bombons…(lá está, se a pessoa gostar muito de flores, funcionam da mesma forma). Para os homens, existe sempre a versão “uma garrafinha de qualquer coisa”, nestas prendas que “desaparecem”.
E depois, a funcionalidade, apesar de este ser um ponto pessoal, é triste uma prenda que “fica a um canto”. Mas se não serve para nada, tem mesmo de ficar a um canto…Os bibelots inserem-se nesta categoria. Claro que a excepção, é quem goste muito de bibelots…caso contrário, são somente “apanha-pó”, por mais bonitos que sejam.
O essencial é olhar ao gosto de cada um, e se conhecemos alguém, devemos saber duas ou três coisas que funcionam bem para a pessoa em questão.
Entre:
– Livros/BD’s
– DVD’s, CD’s
– Jogos (sejam eles de pc, consola, card ou boardgames)
– Electrodomésticos ou coisas que façam falta numa casa
– Computadores, leitores de mp3, gravadores de dvd’s, televisões, telemóveis, etc
– Perfumes (para quem goste e os use, é claro)
– Roupa (por vezes neste ponto, é preferível esquecer o lado “surpresa” e levar a pessoa às compras)
– Bijouteria/Acessórios (para todos os preços e todos os gostos, são prendas fáceis para quem goste – incluem-se deste fios, pulseiras, brincos, anéis, maquilhagens, cachecóis, luvas, relógios, etc etc)
– Porque não, um bilhete para um espectáculo especial?
– Olhar aos passatempos: se gosta de pintar, um estojo de pintura; se gosta de tocar, um instrumento novo; se gosta da “carpintaria”, porque não uma nova ferramenta; se gosta de escrever à mão, porque não uma caneta especial; etc etc.
– Se há uma colecção, porque não acrescentar uns itens?
Acrescentar umas palavras doces e um beijinho, e tudo fica perfeito.
Pode-se sempre inovar, e fazer uma prenda com as próprias mãos.
Psicologicamente dando sugestões óbvias.