Motores de Busca – Segundo Episódio!

Tendo em conta que acabam por ser muitas as visitas que aqui chegam via motores de busca, e tendo em conta que cada vez que olho para elas, inevitavelmente me farto de rir, farei um post destes mensal, compilação das pesquisas mais emocionantes do mês.

As duas GRANDES pesquisas: hi5 e Floribela. (e suas variantes como: pessoas hi5 ou roupa da floribela) O primeiro, confesso que me surpreendeu: uma média de 100 pesquisas diárias por hi5? oO E a Floribela todos os dias também tem tido umas quantas, apesar de em dimensões mais ligeiras. Eu bem sei que o fenómeno Google tem um grande poder, mas seja como for, não deixo de ficar surpresa com quão mal isto está… isto é, tantas pessoas a procurar estas tretas…

Listando então outras que foram surgindo:

SEXO DE PRETO ou a variante negra sexo, ou ainda sexo com pretos -> em busca dos pretinhos, hein? Lamento, mas aqui não se encontra nenhum(a).

Muitas pessoas também em busca de sexo, ou traição (falta do primeiro e o segundo a mais?)

sexo na casa de banho -> Umas duas pessoas aqui chegaram assim..ena ena..se procuravam dicas de “como fazer?” ou…”como não ser apanhado?” ou..”em que posições dá mais jeito?”..Lamento mas também não encontraram aqui essa informação.

Sexo com mortos -> eh pah..NECRÓFILOS aqui? O que é que queriam, a sério? É que…sei lá….ewwww. Querem que faça um post sobre a necrofilia em vossa honra?

espreitar sexo -> voyeurismos também? Vem cá parar tudo, cruzes…

E se não fosse suficiente de gente depravada…

Sexo, deficientes -> espero mesmo que fosse somente um deficiente em busca de informação…

Sexo com velhas -> E espero mesmo que fosse só um velhote carente…

E depois vêm as pesquisas …digamos… idiotas? (as de cima eram perturbadas…)

como matar uma mosca -> existe um instrumento bastante útil chamado Mata-Moscas! Mas há outras opções: insecticidas (já ouviram falar de Raid e Dum Dum?), ou o belo do chinelo as vezes também resolve bem, é preciso é imaginação… Era mesmo isto que queriam saber? Oo

como nao se apaixonar -> Não? Possivelmente alguém que já sofreu com a Paixão. Oh meu amigo, acontece a todos, há que seguir em frente. Vida sem paixão era tão sem interesse…

qual e o sentido de “nunca digas nunca -> É que as vezes dizemos nunca a uma coisa, mas depois no futuro mudamos de opinião, ou algo nos leva a fazer essa coisa, e ficamos arrependidos de ter dito “nunca faria aquilo”. Got it? É preciso explicar tudo…

mensagem de relacionamento com pessoas -> O que é que queriam mesmo?

Tem que ter coragem pra ver essas fotos -> Quais fotos meus amigos, quais fotos?

Acho que já deu para terem uma ideia…E não se assustem, também há pesquisas civilizadas como “Serial Killers”, “hentai” (ooops, isto era das civilizadas?), “Pirates of the caribbean” ou “psicologicamente”.

Psicologicamente procurada…

(PS- obrigada a todos por estar ultrapassada a fasquia das 4000 pageviews=))

Pequenos Demónios!

Na sequência deste post, conto-vos um episódio recente:

Na última semana, na fpce-ul, duas colegas minhas encontravam-se nas mesas do bar da faculdade a trabalhar. (portáteis, folhas, telemóveis…malas..enfim, material na mesa).

Estão a ver aqueles miudinhos que muitas vezes se encontram no metro a pedir dinheiro, ou a pedir para colocarmos o nosso nome em abaixo-assinados? Pois é, apareceu um desses a pedir para assinar as ditas folhas. (“Tinha pra ai 10 anos o puto pah…nem levei a mal”). Pois é meus amigos, ar inocente de criança não é? Fiemo-nos nisso… Parecem anjinhos, mas não se deixem enganar, são pequenos demónios disfarçados em corpos pequenos!

O puto coloca as folhinhas na mesa… (wow, meteu as folhas mesmo por cima do telemóvel que lá se encontrava, que coincidência, wow!)

Elas lá assinam, ou dizem que não (não importa para a história), e passados uns minutos… “Onde está o meu telemóvel que estava mesmo aqui?”…Pois é, não está…

Tiram-se as folhitas e leva-se também o telemóvelzinho de terceira geração que ali estava… Se calhar o papel tinha íman…bolas, já não se faz papel como antigamente!

E onde está o raio do puto? Já se pôs a milhas…óbvio! (uma das características dessas personagens demoníacas é que desaparecem tão rápido quanto aparecem…)

E agora digam-me lá, se apesar de serem crianças, se apanharmos um destes em pleno acto, não dá vontade de partir de imediato para a violência?

Bater em crianças uma ova! Trata-se de livrar o mundo de pequenos seres demoníacos… (que ainda por cima, no futuro, passam por um processo de metamorfose complexo, em que se transformam em demónios adultos!).

Psicologicamente Agressiva…

(PS – Resolvi colocar uma pequena novidade aqui no psicologicamente: Sonhos. Não todos os dias, como tenho actualizado o blog, mas em alguns deles, lá colocarei alguns dos meus sonhos nocturnos. Desde já, lá deixei um sonho antigo que já havia escrito, de forma a iniciar o ritual!)

Dependências

Dependemos, dependemos… dependemos de tanto. Porque não consegue o ser humano viver sem depender? Porque necessitamos de nos inserir em sociedade? Porque não conseguimos nós viver isolados no nosso canto do mundo? São muitos os que tentam. Tentamos fechar-nos no nosso casulo…

Imaginemo-nos a fazer um esforço de não dependência.

Começamos por dizer não às drogas – esse grande flagelo. Somos bem sucedidos, não é assim tão difícil para quem nunca se iniciou nesse mundo.

Com bastante mais esforço dizemos não ao tabaco e ao álcool (mesmo que usemos este último esporadicamente, para nosso bel-prazer, não dependemos dele)

E saímos desta esfera e reparamos que ninguém vive sem se alimentar.

Dependência número 1: alimento

Continuando no mundo das necessidades básicas:

Dependência número 2: sono

Rendemo-nos às evidências e tentamos meter as necessidades básicas da vida como excepção. Podemos viver, concluímos nós. Mas não podemos ceder às dependências…

Pensamos na sociedade.

Dependência número 3: o dinheiro.

Impossível satisfazer a dependência número 1, que categorizámos como excepção essencial, sem o recurso à dependência número 3. Mais um para a lista de excepções. (Mesmo que tenhamos de nos satisfazer com pouco…)

Dependência número 4: conforto.

E este divide-se em duas grandes categorias: o conforto essencial à segurança: roupa para nos aquecer no Inverno e para que não andemos por ai nus em atentado ao pudor (hmm esperem, estará aqui uma dependência das leis às quais nos subjugamos, muitas vezes sem sequer pensarmos isso?). E coloquemos também aqui os outros pequenos confortos do lar: talheres por onde comemos, cama onde dormimos, cadeiras onde nos sentamos. Mas ok, estes são “o menos mal”. Dependências não necessárias, mas também não maléficas. Mas não era o nosso objectivo inicial viver sem dependências? Começámos mal… Passemos às dependências de luxo: telemóvel, computador, automóvel… ok paremos por aqui, de facto o conforto é a nossa dependência número 4 (e já há muita sorte em colocar tudo isto numa só categoria).

Dependência número 5: as pessoas

E aqui se encontra o grande cerne da questão. Ninguém vive completamente independentemente de todas as restantes pessoas. O carteiro que traz o correio importante, a mulher da limpeza que lhe evita o trabalho, o médico que lhe cura as doenças, etc, etc. Até chegarmos às que conseguem ser as maiores dependências: o marido, a mulher, o namorado, a namorada, a mãe, o pai…. Quem não depende de algo que atire a primeira pedra….

E porque queríamos nós viver totalmente independentes, totalmente auto-subsistentes? Não seria mais fácil? Sermos felizes sem precisar de absolutamente mais nada nem ninguém além de nós… Sonho ou Pesadelo?

Psicologicamente Dependente…

MSN vs IRC – Duelo de Titãs

Hoje resolvi falar-vos desta luta incessante entre estes dois meios de comunicação! Todos os que frequentam regularmente a Internet há uns aninhos, sabem que nessa altura o IRC era o meio de comunicação por excelência. Era rara a pessoa que não tinha o seu canal, muitos dos canais estavam sempre cheios e conversa não faltava. (Vou abstrair-me de comentar a típica conversa de engate, talvez o faça noutra altura). Entretanto surgiu o grande boom do MSN e foram muitos os que foram passando a deixar de frequentar o IRC (basta pensarmos na quantidade de nicks sempre ocupados na altura, e na facilidade actual de usarmos o que primeiro nos vier à cabeça).

Porquê esta mudança?

– As pessoas estavam realmente fartas de desconhecidos a meter conversa em pvt com o mesmo vocabulário de sempre “idd? Nome? dd tcl? Bla bla”… isto para não entrar por exemplos mais obscenos.

– E as vantagens do MSN: ter uma lista restrita de pessoas, em vez de nos sujeitarmos a quem possa entrar num determinado canal que nem é nosso. É de facto um ambiente mais privado, e não esquecer que está cheio de mariquices: a possibilidade de userpic, das frasezinhas, de smiles todos coloridos, etc, etc. Além disso temos uma facilidade diferente de ver directamente as pessoas a entrar e sair da net, apesar de isto já ser possível pela notify no IRC. O MSN tornou-se numa marca de identificação do estado de ligação de cada um: ao ligar a net, imediatamente (ou até automaticamente), deixamos ligar o MSN. No IRC é diferente: ligamo-lo quando nos apetece conversar.

E agora, passados uns anos de uso do MSN. O que mudou novamente? Cada vez mais se nota a necessidade de regresso às origens. Alguns canais ressuscitaram apesar de não terem retomado nem metade da actividade de outrora.

Quantos de vós se encontram fartos de listas de cento e tal pessoas no MSN em que só falam regularmente com umas 10? E a nostalgia de grandes conversas em canais de amigos, quem as sente?

E no meio do duelo, surgem outros intermediários, um deles gritando “google talk, google talk”!

Psicologicamente Comunicativa…

PP – A Perturbação e a Publicidade

Ora, porquê este título? Em conversa no #filhosdeathena (PTnet) questionou-se se todas estas recentes notícias acerca de Assassinos em Série, não provocariam uma onda de novos Assassinatos. Imaginemos alguém em casa, olhando o ecrã com o seu sorriso sádico: Senhor com as mesmas características psicopáticas do que surge na televisão, mas que nunca tinha cometido um homicídio, fica com uma vontade imensa de experimentar e de ser também ele “famoso” (mesmo que não seja pelos melhores motivos…)

É um facto, por vezes factores como estes, podem ser desencadeantes de determinados comportamentos. E entramos assim numa espécie de “imitação” que leva a que as situações se repitam (Quantas vezes alguém não tenta repetir alguma história macabra que acontecera anos antes? Daí certos locais terem uma certa marca negra, sendo rodeados do medo que as histórias antigas se repitam… –> por vezes, esta é a minha explicação para o medo dos fantasmas…).

Mas não é só nos Assassinos em Série que o que passa na televisão se mostra importante. Pensemos nos suicídios. Estes são um exemplo claro da transformação de um caso isolado de suicídio, numa série de suicídios: o chamado Efeito-Werther. Imaginemos uma pessoa deprimida que se depara com a notícia de que alguém se suicidou. Para ajudar, se essa pessoa tivesse ideação suicida, mas não tivesse ainda pensado na melhor forma de o fazer, a notícia proporciona-lhe a informação extra, da forma (por sinal, eficaz) de como o suicida terminou com a sua vida. Não ficaria esta pessoa ainda com mais motivação para tentar o suicídio? Na semana seguinte a morte desta pessoa, por suicídio, é novamente notícia, e o efeito contínua para uma terceira pessoa, e assim por diante…

Deixo os casos da Anorexia Nervosa e da Bulimia para um próximo episódio, visto as perturbações do comportamento alimentar, serem também elas, por motivos óbvios, das grandes afectadas pela imagem que a televisão e os outros meios de comunicação trazem até nós.

E no fim de tudo isto: Então o que deve a televisão fazer, não nos informar? Então e o papel, não só das noticias, mas também dos filmes que abordam temas como este, ou os célebres e adorados filmes de assassinos em série? Na minha opinião, há uma grande diferença entre o impacto da ficção (sendo este bastante menor) e o impacto de relatos de situações que de facto ocorreram na vida real. No entanto, há que prezar a liberdade de expressão e informar o público, com o cuidado básico de não cair em sensacionalismos. (Para perceberem a que me refiro, a nossa TVI é o exemplo de precisamente o contrário…). Há que informar, mas saber como informar… Haverá necessidade de dizer que o rapazinho tomou não sei quantos comprimidos do medicamento X ou Y, ou basta simplesmente dizer que o rapazinho morreu?

Psicologicamente Informativa…

SPAM, SPAM, SPAM!

Provavelmente muitos já viram o sketch “SPAM, SPAM, SPAM” dos famosos Monty Python (os que não viram, procurem e vão ver que vale a pena).

Mas mais provavelmente ainda, todos já receberam SPAM nas vossas caixas de e-mail. E quais os conteúdos mais frequentes no spamzinho?

“VIAGRA! Melhore a sua performance sexual; tenha sexo melhor que nunca; sinta-se mais novo; aumente o seu pénis”, etc, etc, etc. Quantos de vós não receberam já um mail desses, hein?

Deixo alguns exemplos:

“Dear valued customer.
Boost your manhood to astonishing levels Everything a real man would ever need.
Order now and benefit from lowest costs and convenient shipment
State-of-the-art goods from the highest class brands, recognized everywhere
See our offer: http://www.fledcl.com

The prices are really low and the quality it truly very high!”

ou:

“Woo-hooo!
Have you ever dreamt to have a very hard penis during all process?
Be realistic – you always wanted it
Don’t be afraid
You may find what you need here: http://welmoger.com/gall/

Come on in and get it all very cheap!”

Ora, e perguntam vocês: Para que é que isto serve?

Para quem não tenha qualquer problema sexual, para nada. (alias, serve, serve para chatear, tal como o restante SPAM, SPAM, SPAM!).

Mas já imaginaram que andam por ai muitos, coitaditos, com problemas, com necessidades… e como parecendo que não, ainda é um tema tabu (nenhum homem dirá que está com uma parte menos funcional, assim com toda a naturalidade do mundo…) estes mails surgem como uma tábua de salvação “porque não clicar? Nem que seja só para dar uma espreitadinha?”. E só por isso já lhes vale a pena, sempre conseguem que alguém se interesse, e a quanto mais pessoas enviarem, mais as probabilidades aumentam.

E já repararam no machismo inerente a estes posts? 90% deles são direccionados aos homens… Mas como por detrás de um homem, se encontra sempre uma grande mulher…acho que as namoradas/esposas dos homens com problemas, depressa se apressam também a ver os mails na esperança de os ajudar. Por isso, com o mesmo trabalho, alcançam o público masculino e feminino.

O spam é sem dúvida chato, mas é a esperança de milhares de homens e mulheres do nosso Portugal!

(Agora se a esperança é a ultima a morrer, e a performance sexual destes homens já morreu há muito, é outra história…)

PS – Aconselha-se o uso da medicina (a confiança ou não neste tipo de pessoas com ‘19’s’ fica para um outro post), em vez do uso do Spam! Assim talvez a esperança não seja a última a morrer!

Psicologicamente Revigorante…

Serial Killers

Hoje encontrava-me a ler a revista psicologia (o site está em construção, se calhar não vale a pena carregarem=P) quando ao deparar-me com um artigo acerca de Serial Killers me apeteceu escrever umas linhas sobre este tema.

Todos já devem ter visto algum filme de Serial Killers e como tal já sabem algumas das suas características essenciais.

O tema sempre me fascinou tanto que consigo ficar levemente feliz quando se encontra um caso em Portugal (sendo o nosso pais tão escasso neste tipo de “incidentes humanos”).

Antes de mais, a definição de Assassino em Série: “Alguém que reincide nos seus homicídios pelo menos três vezes e com intervalos de tempo variáveis que poderão ir da regularidade (os belos traços obsessivos que os fazem matar no dia exacto, ou até na hora exacta) à imprevisibilidade”.

Geralmente existem dois tipos de Serial Killers, os organizados, e os desorganizados. Os primeiros, intelectualmente diferenciados, metódicos, extremamente simpáticos “ohh fofinha, anda cá ao papá para eu te matar”, e depois geralmente matam num lado, e depositam os corpos noutro… são muito cuidadosos para “não deixar rasto”, e sentem-se orgulhosos dos seus actos. Por outro lado os desorganizados, tal como o nome indica não são tão inteligentes, agem por impulso, geralmente deixando alguma pista, por descuido, que acaba por levar até eles. Frequentemente nem se recordam dos seus actos de loucura…

E em termos de patologia, onde se podem incluir estes seres?

Falemos nos chamados Psicopatas. Que características os identificam?

Olhando para a PCL-R (Psychopathy Checklist Revised):

A Eloquência; o Encanto e a Simpatia superficiais; a sensação de grandiosidade; as mentiras patológicas (mentem como respiram os sacaninhas), autoridade (gostam de mandar, de sentir poder); muito manipuladores (enganam bem, por isso é que matam e não os apanham facilmente); não se sentem arrependidos ou culpados (isto assim facilita, imaginem lá que não sentiam arrependimento nem culpa de nada?); os afectos são obviamente superficiais (“ai eu gosto tanto de ti…kill kill kill”); são seres instáveis e pouco empáticos que fracassam em aceitar as responsabilidades das próprias acções; necessidade de estimulação continuada sendo habitual a promiscuidade sexual (“matar pessoas é bastante estimulante, especialmente sexualmente, acham que não, não?”); tendência para o aborrecimento (“fogo, não sei o que faça, que aborrecimento, hmm *ideia brilhante*: matar alguém para matar o tédio”); Estilo de vida parasita (sugam as suas vitimas, ou vivem na casa da mamã); E vida na casa da mamã aos trinta e tal anos de idade indica logo a sua falta de metas realistas a longo prazo; Pouco controle da conduta (se se conseguissem controlar talvez não fossem assassinos em série, não é?); Eles são impulsivos e por vezes desde novos que têm alguns problemas de conduta, ou delinquência juvenil. Ah..e quando são presos querem por tudo a liberdade condicional (pelo menos sempre conseguiam mais uma vítima para o seu record pessoal…)

Enfim uma panóplia de características que fazem deles o que o nome indica: Matam sem parar, até que alguém um dia os pare…

Psicologicamente assassina…

O Fenómeno Floribella

Questiono-me muitas vezes o porquê da onda destes fenómenos televisivos e, como tal, será o assunto do post de hoje. Já todos deverão saber o que é a Floribela. Pois, uma novela, como tantas outras. Uma rapariga que participou no programa: Ídolos. Pegaram nela, pintaram-lhe o cabelo, meteram-lhe umas saias de trapos, e lá vai ela para a novela. E? Qualidade de actriz há? Só vi uma parte de um dos episódios, logo podem culpar-me da opinião não ser 100% fiável… mas não me parece que tenha qualidade para todo o mediatismo criado. (Alias, além do Fenómeno Floribela, o outro tal FF (isto é só Factores F), vindo dos tais Morangos com Açúcar, é outro exemplo bem claro do que falo, tal como os D’zrt de quem já nem vale a pena falar).

Aliás, exemplos de fenómenos de artistas sem qualidade não faltam por ai (claro que a definição de qualidade é subjectiva, não coloco isso em causa). Mas justificaria mesmo todo o mediatismo criado à sua volta?

Ou não passarão de carinhas larocas que podem dar bastante dinheiro a ganhar? Coloca-se o vício nas crianças, “e porque um gosta, o outro tem de gostar”, “e porque todos têm o álbum, eu também tenho de ter”; “e porque as outras meninas têm uma saia assim, eu também tenho de ter, e é super linda”, e a partir dai ganham-se balúrdios de dinheiro há conta de alguém que como tinha aquele sonho de ser famoso, se submete a tudo o que lhe meterem a frente…

É só de mim ou a Floribela até tem uma grande cara de enjoada, sem qualquer capacidade empática para as crianças? (que ao que parece, são o seu público alvo).

(PS – A quantidade de pessoas a pesquisar “hi5” nos motores de busca, tem-me surpreendido dia após dia. (Digo isto, tendo em conta os números dos que têm vindo parar aqui ao Psicologicamente…)

Psicologicamente Mediática…

As Velhas dos Gatos

Hoje decidi falar-vos desta espécie em vias de extinção: As Velhas dos Gatos. (Felizmente não são os gatos que se estão a extinguir, e Infelizmente as velhas dos gatos não estão assim tão em extinção). Vivem escondidas nas suas casas e só saem com as suas panelas de comida. Deixam-nas por aí, nos cantos onde há gatos.

São o ódio dos vizinhos porque sujam as ruas por onde estes passam. São o ódio dos vizinhos pois atraem gatos e gatos para a região (com o acréscimo das pulgas e dos pneus dos carros acidados (dizer mijados fica mal)). São o ódio dos vizinhos, porque se puderam deitam a mão aos seus próprios gatos… (perdi um gato há conta de uma velha dos gatos, é verdade…)

– São a típica velha viúva (ou mesmo solteira) e reformada.

– São elas com algumas posses (por vezes até ricas), gastando metade das suas reformas em comidinha para gato.

– Levam gatos para sua própria casa até não poder mais (abre-se a porta, e não se vêem pessoas, não se vêem móveis: só pêlo e gatos…)

– Não comunicam com as pessoas, mas os gatos são os seus melhores parceiros de conversa.

– Têm camas para os próprios gatos… (provavelmente dormem rodeadas deles)

– Esperemos que não satisfaçam necessidades sexuais com gatos (espero sinceramente que não, eu adoro gatos).

E nem a sua morte nos traz um certo alivio. A casa esvazia, e além do acréscimo de gatos abandonados temos infestação de pulgas na rua…

Quem não conhece uma velha dos gatos?…

Miau?

Psicologicamente amiga dos animais…

Vício na Internet ou o fim do vazio?

Hoje vou falar-vos um pouco de um vício: A Internet! Deixemo-nos de discurso de TVI ou de discurso de mães preocupadas que os filhos não saem do computador “E será que o meu filho é um hacker?” ou…”Será que algum pedófilo se vai meter com a minha filhinha de 20 anos?” ou ainda “É pecado?” Nada disso.

Deixando o discurso da avozinha para trás, que perigo resta? O vício existe, é um facto. Resta-me questionar se todos os vícios são completamente negativos.

Imaginemos um jovem só. (no extremo, com traços marcados anti-sociais). Através da net encontra um grupos de amigos com quem tem conversas interessantes e sai de vez de quando. Encontra namorada, e esta feliz nessa relação. Mas… continua diariamente na net.

Pontos de Vicio:

— Assim que chega a casa a primeira coisa que faz é ligar o computador.

— De manhã, é também das primeiras coisas que faz (é levantar, banho e pczinho)

— O estudo para a faculdade (ou secundário), desde que tem net, é feito em frente ao computador, com conversas de messenger em simultâneo. (não se tem dado mal por isso, seja como for).

— Se passar um dia inteiro em casa, só sai do pc para ir à casa de banho e para as refeições (se for preciso até tenta faze-las rapidamente para não estar muito tempo longe do mesmo).

— Nunca se deita antes da meia-noite, uma da manhã, e fica até essas horas no pc. (Se no dia seguinte tiver de levantar-se cedo, lá faz um enorme esforço para se deitar uma horita mais cedo).

— Têm um projecto qualquer na net (Seja ele um blog, um livejournal, uma comic, a participação num fórum, um site…etc) no qual pensa várias vezes ao dia, mesmo quando não está no computador.

Seja como for, tem a sua vidazinha…Sai com a namorada, de vez em quando com os amigos, vai sempre as aulas (ou quase sempre), ou ao trabalho…

Sente-se bem na net, apesar da sensação de desperdício de tempo que o assombra várias vezes.

Morreu o vazio que sentia. A companhia das pessoas com quem contacta virtualmente preenche-o. Já não consegue ver-se em casa só, com ele próprio. Escolhe estar ligado. E é uma escolha…

Deveria tentar perder o vício?

PS – Após 13 dias do nascimento deste blog, ultrapassou-se a fasquia dos 1000 hits! Bem…além de agradecer, diria que também eu estou…

… Psicologicamente viciada…